[Associações Proteste afirma que 4G brasileiro é propaganda enganosa]
Faixa de 2,4GHz teria baixo desempenho de cobertura e usuários utilizariam mais a banda destinada às redes 3G


As principais operadoras de telefonia celular no Brasil começaram a lançar seus respectivos serviços de telefonia 4G. Claro, Oi, TIM e Vivo começam a operar em grande parte das capitais dos estados (Brasília, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte) do Brasil que sediarão a Copa das Confederações, além de outras cidades brasileiras (São Paulo, Curitiba, entre outras).
Mas para a associação de consumidores Proteste e a Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET), o 4G brasileiro é uma “propaganda enganosa”. As duas entidades enviaram ofício para a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), na segunda-feira, dia 29, informando que as operadoras de telefonia estão vendendo produtos que sequer operam na frequência de 2,5GHz, a banda da LTE do Brasil.
O conteúdo do ofício sugere que a ANATEL deva interceder, proibindo a comercialização dos telefones, planos de telefonia e modens 4G LTE no Brasil. Segundo a Associação Proteste, o 4G brasileiro é uma "propaganda enganosa porque aparelhos e planos mais caros acabarão por ser operados em frequências destinadas ao 3G".
Os atuais dispositivos comercializados são compatíveis apenas com a frequência de 2,6GHz e não devem funcionar na de 700MHz, melhor banda para a tecnologia de telecomunicações de dados de alta velocidade, forçando os consumidores a adotar um novo aparelho para garantir a funcionalidade nesta última frequência. "O adiantamento da venda de planos e equipamentos, antes de a frequência de 700 MHz estar operando, pois sabemos que no 2,5 GHz o alcance é de pouca abrangência e além de tudo ainda temos poucas ERBs; ou seja, até que o 700 MHz esteja sendo operado pelas teles, é muito provável que quem pague por 4G tenha o serviço 3G", afirmou a Proteste.
Dentre os smartphones homologados pela ANATEL, apenas 11 trazem compatibilidade com a frequência de 700MHz, no entanto, os modelos que estão sendo comercializados por algumas operadoras só funcionam em uma das duas frequências que funcionarão no Brasil.
Considerando o atual panorama da tecnologia LTE no Brasil, a Associação Proteste aconselha os consumidores brasileiros a “não gastar com o 4G ainda”. A frequência de 2,5GHz traz algumas limitações para seu funcionamento, por exemplo, o baixo desempenho em locais fechados. Enquanto isso, a banda de 700MHz só estreará em 2014 no Brasil.
Fonte: Proteste 

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